Orelha em abano é um defeito congênito, de característica familiar, geralmente bilateral, cujas alterações consistem em um aumento do ângulo (abertura da orelha) em relação à cabeça e alterações de alguns relevos da orelha. A cirurgia se propõe a modelar a cartilagem auricular sem aumentar o tamanho das orelhas, sendo que se houver aumento do tamanho aceitável das orelhas, este também pode ser diminuído.
QUANDO OPERAR
A idade ideal para a correção deste tipo de alteração é a pré-escolar, ou seja, dos cinco aos sete anos de idade. Isto porque nesta idade as orelhas já estão totalmente formadas e no tamanho de adulto e também para evitar problemas de ordem psicológica em função de comentários e zombarias por parte dos colegas. Todavia, nada impede que tal correção seja feita em outras fases posteriores da vida.
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele lhe indicará alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 10 dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será recomendada. Em casos determinados podemos solicitar outros exames específicos que possam ajudar no esclarecimento diagnóstico, como por exemplo, uma avaliação otorrinolaringológica.
A CIRURGIA
Esta cirurgia é realizada sob anestesia local e sedação, podendo ser geral a critério do anestesista e do cliente. Quando a criança é de baixa idade e se apresenta muito agitada ou ansiosa com a cirurgia, recomendamos a anestesia geral para conseguirmos a devida imobilização do(a) paciente. Neste aspecto é muito importante que a criança esteja motivada para a cirurgia e realmente desejando as melhoras propostas pois assim ela participa e colabora bastante com o procedimento, até permitindo a cirurgia com anestesia local.
A duração do procedimento é de aproximadamente duas horas e devemos lembrar que o tempo de bloco cirúrgico é maior devido à preparação e à recuperação pós-anestésica.
As cicatrizes deste tipo de cirurgia são geralmente imperceptíveis em razão de se localizarem atrás das orelhas. Sendo uma região de pele muito fina, a tendência da cicatriz é ficar de bom padrão.
ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Normalmente esta cirurgia não apresenta um pós-operatório doloroso. Mesmo assim se apresentar algum grau aumentado de sensibilidade dolorosa, o uso de analgésicos comuns resolvem bem e serão recomendados em sua prescrição de pós-operatório. Somente use medicamentos recomendados pelo seu médico, seguindo todas as orientações dadas pela equipe cirúrgica. É melhor que você esclareça suas dúvidas com quem o(a) operou ao invés de pedir orientações a amigos que não conhecem detalhadamente o seu caso. O(a) paciente sai da cirurgia com um curativo semelhante a uma touca, que permanece por 2 a 3 dias, protegendo as orelhas de qualquer traumatismo. Aí então este curativo é retirado, programando a retirada dos pontos após 10 dias. Retornos adicionais serão comunicados pelo cirurgião e devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados.
Nas primeiras 2 a 3 semanas as orelhas ficam bem inchadas e um pouco mais sensíveis. È sempre bom lembrar que o nosso organismo necessita de algum tempo para se recuperar do trauma cirúrgico. Após cerca de 1 mês, já é possível fazer uma melhor avaliação dos resultados, apesar do processo cicatricial ainda não estar completo.
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